Telegrama da Associação Portuguesa de Deficientes para Estela Costa Gomes
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/MPR/ACG/CX038/0015
Tipo de título
atribuido
Título
Telegrama da Associação Portuguesa de Deficientes para Estela Costa Gomes
Datas de produção
2001-07-31
Dimensão e suporte
30 x 21 cm; papel
Produtor
Associação Portuguesa de Deficientes
Destinatário
Gomes, Maria Estela Costa. N. 1927 -
História administrativa/biográfica/familiar
A Associação surgiu por iniciativa de um grupo de pessoas com deficiência, dotadas de consciência política e social, após ter sido apresentada na então Assembleia Nacional, uma lei reguladora da reabilitação e integração social das pessoas com deficiência, que veio a suscitar um amplo debate sobre a matéria. Foi precisamente desse debate que saiu o grupo fundador. Fundada em Abril de 1972, a Associação Portuguesa de Deficientes assumiu desde logo uma feição que a colocou noutro plano e a distinguiu das restantes associações de pessoas com deficiência existentes na época. A filosofia da APD divergia da postura habitual, de recorte assistencial/caritativo promotora de marginalização, assumindo um carácter reivindicativo e uma voz proponente e activa.Os primeiros estatutos, imprimiram a esta associação um carácter universal que pretendeu agregar todas as pessoas com deficiência independentemente das deficiências, causas e origens. A partir do 25 de Abril de 1974, a APD emergiu no tecido social português já liberta das peias que cerceavam a liberdade de associação. Com a separação dos deficientes das Forças Armadas, a Associação Portuguesa de Deficientes destaca-se como um grupo de pressão em prol dos direitos das pessoas com deficiência, consagrando o seu carácter reivindicativo na revisão dos estatutos, operada em 1976 (publicados no "Diário da República", III série, n.º 299, de 27 de Dezembro de 1976), e acrescentando outra inovação que consistia na criação de estruturas regionais. Em 1978, o Primeiro Ministro, por despacho de 15 de Setembro, publicado em D.R., II série, de 26 de Setembro, declara a APD de utilidade pública.A 21 e 22 de Outubro de 1978, tem lugar o 1.º Encontro de Deficientes promovido pela APD. Nesse Encontro, com a participação de cerca de 300 delegados, reafirma-se o carácter reivindicativo da Associação e potenciam-se as virtualidades das estruturas regionais. A acção destas estruturas afirma-se na dinamização do 1.º Congresso Nacional de Deficientes, a 19 e 20 de Abril de 1980, que viria a ser decisivo para o movimento de pessoas com deficiência em Portugal, dando origem à Comissão Coordenadora Nacional dos Organismos de Deficientes (CCNOD), de que a APD é membro fundador.Em 1981, a APD participa activamente na celebração do Ano Internacional das Pessoas com Deficiência (AID), integrando a respectiva Comissão Executiva e são as suas delegações regionais que promovem as manifestações mais significativas, um pouco por todo o país. No entanto, a APD viria a retirar-se da Comissão do Ano Internacional, recusando-se a continuar a dar cobertura à instrumentalização do AID pelo Governo de então.A última revisão dos Estatutos, ocorrida em 1996 (D.R. n.º 263, III série de 13 de Novembro) consagrou uma maior transparência interna e externa da Associação e uma maior responsabilização das estruturas regionais, que se traduziu no aumento do número de eleitos para as direcções distritais e locais e maior participação dos associado.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Doação de Maria Estela Costa Gomes
Âmbito e conteúdo
Telegrama enviado pela Associação Portuguesa de Deficientes a Estela Costa Gomes apresentando as condolências pela morte do marido o marechal, Francisco da Costa Gomes.
Cota descritiva
ACG/CX038/0015
Características físicas e requisitos técnicos
Bom estado de conservação
Data de publicação
13/09/2021 07:27:37