Carta de Machado Santos para Sidónio Pais
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/MPR/ASP/CX028/0002
Tipo de título
Atribuído
Título
Carta de Machado Santos para Sidónio Pais
Dimensão e suporte
11 x 14 cm; papel
Produtor
Santos, António Maria de Azevedo Machado. N. 1875 - m. 1921
Destinatário
[Pais, Sidónio Bernardino Cardoso da Silva. N. 1872 - m. 1918]
História administrativa/biográfica/familiar
António Maria Azevedo Machado Santos nasceu em Lisboa no dia 10 de Janeiro de 1875. Em 1891, alistou-se na Armada onde fez carreira e em 1901 foi promovido a Comissário Naval de 2ª classe. Em 1907, juntou-se aos conspiradores anti-monárquicos, para preparar a revolução republicana. Fez parte do grupo que organizou a Revolta de 28 de Janeiro de 1908 e em Junho do mesmo ano, aderiu à Carbonária, organização secreta de que de tornou destacado dirigente.Em 1908, publicou um artigo no jornal O Radical com críticas que não agradaram ao Governo Monárquico, foi julgado em Conselho de Guerra e enviado para Angola. Regressou passados seis meses, prosseguindo activamente nos preparativos da revolução. Nessa época escreveu vários folhetos de propaganda republicana.Na noite de 4 de Outubro de 1910, dirigiu-se com um grupo ao quartel da Infantaria 16 e conseguiu sublevar o regimento. Assumiu então o comando dos revolucionários que se barricaram na Rotunda (onde se encontra hoje a estátua do Marquês de Pombal), em Lisboa. Depois da vitória foi aclamado como fundador da República, promovido a Capitão de Mar-e-Guerra e eleito deputado para a Assembleia Constituinte.Pouco depois da instauração da República, Machado Santos incompatibilizou-se com os governantes e passou a publicar artigos críticos no jornal O Intransigente de que foi fundador.Participou nos movimentos insurreccionais, veio a ser preso e deportado para os Açores, mas foi amnistiado e continuou a lutar pelos ideais republicanos mais radicais participando no Golpe de Estado que em 1917 levou Sidónio Pais ao poder. Durante o sidonismo foi feito senador e ocupou as funções de Secretário de Estado das Subsistências e Transportes e Secretário de Estado do Interior (título usado pelos ministros do governo sidonista). Depois da queda de Sidónio Pais continuou a luta pelos seus ideais, chegando mesmo, em 1920, a criar um novo partido, o Partido da Federação Republicana.No dia 19 de Outubro de 1921, em Lisboa, Machado Santos foi assassinado na chamada “Noite Sangrenta” em que também foram vítimas outros companheiros.
Âmbito e conteúdo
Carta do Ministro do Interior, Machado Santos, para o Presidente da República, Sidónio Pais, de carácter confidencial, mencionando enviar recortes de imprensa, comentando sobre uma conferência realizada em Coimbra, os ministros unionistas e tecendo considerações acerca das eleições presidenciais e legislativas.Contém envelope, em anexo.
Cota descritiva
ASP/CX028/002
Características físicas e requisitos técnicos
Bom estado de conservação
Data de publicação
13/09/2021 07:41:25