Fotografia de Américo Tomás, visitando a capela de Nossa Senhora da Saúde, no Martim Moniz
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/MPR/AAT-CF/CX175/0046
Tipo de título
Atribuído
Título
Fotografia de Américo Tomás, visitando a capela de Nossa Senhora da Saúde, no Martim Moniz
Datas de produção
1962-04-25
a
1962-04-25
Dimensão e suporte
18 x 24 cm; papel; impresso; p&b
Produtor
[s.n.]
Autor intelectual
[s.n.]
Destinatário
[s.n.]
Âmbito e conteúdo
Fotografia do Presidente da República Américo Tomás, visitando a capela de Nossa Senhora da Saúde, no Martim Moniz. A Capela de Nossa Senhora da Saúde foi fundada em 1505 pelos artilheiros da cidade de Lisboa, sendo então dedicada a São Sebastião, santo que em Portugal foi destinatário de grande devoção, uma vez que era protetor dos males como a guerra, a fome, e sobretudo, a peste. Em outubro de 1569, D. Sebastião pediu ao Senado de Lisboa que, face ao elevado número de mortos que grassava na capital, nesse ano, devido às epidemias, se erguesse um templo dedicado ao mártir São Sebastião, ordenando dois meses depois que o mesmo fosse construído na Mouraria, onde existia já a ermida. Na verdade, embora tivesse sido designado o arquiteto Afonso Álvares para executar a planta da nova igreja, esta nunca chegaria a ser erguida, devido à morte prematura do rei. Em 1570, fundava-se a Irmandade da Senhora da Saúde, sediada no Colégio dos Meninos Órfãos, onde ficava guardada a imagem da padroeira. Saindo pela primeira vez nesse mesmo ano, a procissão da Senhora da Saúde ganhou grande tradição, tornando-se uma das mais importantes manifestações religiosas na capital. No ano de 1661, por desentendimentos com a direção do Colégio dos Meninos Órfãos, os membros da irmandade da Senhora da Saúde decidiram construir um templo próprio. Os artilheiros de Lisboa ofereceram então guarida à irmandade na sua capela da Mouraria; esta aceitou, na condição de o orago passar a ser dedicado à Senhora da Saúde. Assim, as duas irmandades fundiram-se numa só, e em 1662 a imagem da nova padroeira entrou em definitivo na capela. Em 1705 a irmandade contratava o arquiteto João Antunes para refazer o templo, sendo da sua autoria a fachada barroca, nomeadamente o portal de linguagem erudita, com aletas. A planta é composta pela nave única, coberta por abobada estucada e ornamentada com pintura, à qual se justapõem a capela-mor e a sacristia. Do programa decorativo, destaca-se ainda o silhar de azulejo azul e branco que decora a nave, com figurações bíblicas, atribuído à oficina de António de Oliveira Bernardes. O terramoto de 1755 pouco danificou o templo, pelo que depois da catástrofe reconstruiu-se o frontão da fachada, de estrutura simples, integrando uma pedra com as iniciais A.M. coroadas, que significam Ave Maria, e a capela-mor. Esta é coberta por abóbada de aresta e totalmente revestida de talha rococó polícroma, com trono ao centro, que alberga a imagem da padroeira.A Revista Militar é um periódico especializado em temática militar que se publica ininterruptamente na cidade de Lisboa desde 1849, sendo por isso considerado o mais antigo órgão de imprensa militar do mundo.
Cota descritiva
PT/MPR/AAT-CF/CX175/0046
Características físicas e requisitos técnicos
Bom estado de conservação
Data de publicação
11/09/2021 22:28:37