Fotografia de António de Spínola num helicóptero durante os acontecimentos da Maioria Silenciosa
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/MPR/CCPF/CD004/0030
Tipo de título
Atribuído
Título
Fotografia de António de Spínola num helicóptero durante os acontecimentos da Maioria Silenciosa
Datas de produção
1974-09-28
a
1974-09-28
Dimensão e suporte
15 x 10 cm; papel; impresso; p&b
Produtor
Portugal. Jornal O Século. N. 1880 - m. 1977
Autor intelectual
[s.n.]
Destinatário
[s.n.]
Contexto geral
Maioria silenciosa é a designação pela qual ficou conhecida, em Portugal, a iniciativa política de alguns sectores conservadores e nacionalistas de Direita da sociedade portuguesa civil e militar de organizar uma manifestação, em 28 de Setembro de 1974, de apoio ao então Presidente da República General Spínola, com o objetivo de reforçar a sua posição política.Dia 9 de Setembro reúnem-se para preparar a manifestação da “maioria silenciosa”, elementos dos partidos PP/MFP, PDC e Partido Liberal. A 13 de Setembro, o PL distribui uma carta-circular apelando à participação na manifestação de apoio ao Presidente da República que seria denominada de “maioria silenciosa” e a realizar em data a anunciar. Dia 23 de Setembro, o Governador Civil de Lisboa autoriza a manifestação. No dia 27 de Setembro, com o conhecimento de Costa Gomes, o Brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho do COPCON e o Ministro da Defesa Mário Firmino Miguel montam uma operação visando a prisão de antigos membros da Legião Portuguesa, de pessoas ligadas ao Estado Novo e dos envolvidos na preparação da manifestação.O Ministro da Comunicação Social lê um comunicado do Governo Provisório na Emissora Nacional, emitido de meia em meia hora. A manifestação é interditada pelo MFA. Os partidos políticos de esquerda distribuem, entretanto, comunicados apelando “à vigilância popular” e denunciam as tentativas contra-revolucionárias da "minoria tenebrosa". São levantadas barricadas populares nos acessos a Lisboa e noutras localidades. Durante essa noite, grupos de militares tomam o lugar dos ativistas civis. Várias figuras políticas afetas à ditadura do Estado Novo, quadros da dissolvida Legião Portuguesa e alguns manifestantes são detidos.O General António de Spínola tenta, entretanto, reforçar o poder da Junta de Salvação Nacional, por si comandada, e estabelecer o estado de sítio, mas sem sucesso. Em consequência disso, a Comissão Coordenadora do MFA impõe-lhe a demissão dos três generais mais conservadores do grupo: Galvão de Melo, Manuel Diogo Neto e Jaime Silvério Marques. Derrotado, Spínola demite-se a 30 de Setembro do cargo de Presidente da República, sendo substituído pelo general Costa Gomes. No seu discurso de renúncia, Spínola denuncia certas políticas do Governo e prenuncia o caos, a anarquia e “novas formas de escravatura”. Com a “vitória sobre a reação” e a derrota da direita civil, declaradas pelo então Primeiro Ministro Vasco Gonçalves, fecha-se assim o que seria considerado o primeiro ciclo do PREC. Vários apoiantes militares de Spínola fogem para o estrangeiro.
Âmbito e conteúdo
Fotografia do Presidente da República António de Spínola preparando-se para partir de Lisboa num helicóptero em virtude dos acontecimentos políticos da Maioria Silenciosa relacionados com a intentona de 28 de setembro.
Cota descritiva
PT/MPR/CCPF/CD004/0030
Características físicas e requisitos técnicos
Bom estado de conservação
Unidades de descrição relacionadas
PT/MPR/CCAVE/CD002/0009; PT/MPR/CCPF/CD003/0047; PT/MPR/CRTP-RTP/CD013/0022; PT/MPR/CRTP-RTP/CD020/0004; PT/MPR/ACG/CX015/0051; PT/MPR/ACG/CX017/0090; PT/MPR/ACG/CX032/0061; PT/MPR/AJS/CX145/0004
Data de publicação
14/09/2021 12:13:38