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Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/MPR/ACG/CX017/0090

Tipo de título

original

Título

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Datas de produção

1974-09-28     

Dimensão e suporte

13 x 19 cm

Produtor

Armando Vidal

Destinatário

Francisco da Costa Gomes

Localidade

Localidade descritiva

Lisboa

Contexto geral

Maioria silenciosa é a designação pela qual ficou conhecida, em Portugal, a iniciativa política de alguns sectores conservadores e nacionalistas de Direita da sociedade portuguesa civil e militar de organizar uma manifestação, em 28 de Setembro de 1974, de apoio ao então Presidente da República General Spínola, com o objetivo de reforçar a sua posição política.Dia 9 de Setembro reúnem-se para preparar a manifestação da “maioria silenciosa”, elementos dos partidos PP/MFP, PDC e Partido Liberal. A 13 de Setembro, o PL distribui uma carta-circular apelando à participação na manifestação de apoio ao Presidente da República que seria denominada de “maioria silenciosa” e a realizar em data a anunciar. Dia 23 de Setembro, o Governador Civil de Lisboa autoriza a manifestação. No dia 27 de Setembro, com o conhecimento de Costa Gomes, o Brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho do COPCON e o Ministro da Defesa Mário Firmino Miguel montam uma operação visando a prisão de antigos membros da Legião Portuguesa, de pessoas ligadas ao Estado Novo e dos envolvidos na preparação da manifestação.O Ministro da Comunicação Social lê um comunicado do Governo Provisório na Emissora Nacional, emitido de meia em meia hora. A manifestação é interditada pelo MFA. Os partidos políticos de esquerda distribuem, entretanto, comunicados apelando “à vigilância popular” e denunciam as tentativas contra-revolucionárias da "minoria tenebrosa". São levantadas barricadas populares nos acessos a Lisboa e noutras localidades. Durante essa noite, grupos de militares tomam o lugar dos ativistas civis. Várias figuras políticas afetas à ditadura do Estado Novo, quadros da dissolvida Legião Portuguesa e alguns manifestantes são detidos.O General António de Spínola tenta, entretanto, reforçar o poder da Junta de Salvação Nacional, por si comandada, e estabelecer o estado de sítio, mas sem sucesso. Em consequência disso, a Comissão Coordenadora do MFA impõe-lhe a demissão dos três generais mais conservadores do grupo: Galvão de Melo, Manuel Diogo Neto e Jaime Silvério Marques. Derrotado, Spínola demite-se a 30 de Setembro do cargo de Presidente da República, sendo substituído pelo general Costa Gomes. No seu discurso de renúncia, Spínola denuncia certas políticas do Governo e prenuncia o caos, a anarquia e “novas formas de escravatura”. Com a “vitória sobre a reação” e a derrota da direita civil, declaradas pelo então Primeiro Ministro Vasco Gonçalves, fecha-se assim o que seria considerado o primeiro ciclo do PREC. Vários apoiantes militares de Spínola fogem para o estrangeiro.

Âmbito e conteúdo

"Fotografia de um grupo de militares revistando as bagagens dos cidadãos, tirada por ocasião da organização das barricadas de acesso a Lisboa contra a manifestação da ""Maioria Silenciosa"", a 28 de Setembro de 1974."

Cota descritiva

APCG/Cx017/090

Idioma e escrita

Características físicas e requisitos técnicos

Bom

Unidades de descrição relacionadas

PT/MPR/CCAVE/CD002/0009; PT/MPR/CCPF/CD003/0047; PT/MPR/CCPF/CD004/0030; PT/MPR/CRTP-RTP/CD013/0022; PT/MPR/CRTP-RTP/CD020/0004; PT/MPR/ACG/CX015/0051; PT/MPR/ACG/CX032/0061; PT/MPR/AJS/CX145/0004

Data de publicação

14/09/2021 03:25:38